domingo, 14 de setembro de 2008

REGISTROS FOTOGRAFICOS DA OFICINA DE SHIBORI E TYE AND DYE REALIZADA NA ESPECIALIZAÇÃO EM DESIGN PARA ESTAMPARIA - UFSM





































MATERIAL DIDÁTICO BATIQUE - ROOKETSU-ZOME

DESENHO DE SUPERFÍCIE
Um dos maiores acervos de técnicas de estamparia artesanal se encontra na África, aonde durante milhares de anos processos de estamparia nasceram ou foram assimilados de outros povos.
Sendo um grande continente, a África nos oferece uma variedade de possibilidades no manejo e criação dos desenhos de superfície.
Os africanos apresentam uma grande variedade de técnicas de estamparia por impressão e tinturaria.

BATIQUE
Técnica criada pelos hindus para a estamparia de têxteis com máscaras de reserva e tingimentos.
O batique é feito em vários países africanos, desde a costa oriental (Quênia e Moçambique) até a costa ocidental (Nigéria, Gana e Benin, entre outros e foi por mãos hindus que o batique aportou na África.
Na Nigéria e Gana era comum o batique ser feito com moldes vazados dos desenhos, geralmente em couro, para aplicação da cera
Acredita-se que esses moldes tenham se originado como uma versão em positivo dos carimbos de madeira utilizados no Quênia para estamparia dos antigos kikoi.
Os motivos dos moldes remetem às matrizes em cabaças para estamparia dos "adinkras", tecidos com estampas por carimbos do povo ashanti de Gana.
As cabaças esculpidas pelos ashantis são magníficas, com delicados motivos geométricos que produzem belíssimas padronagens. Os tecidos "adinkra" são feitos para ocasiões especiais e rituais.
O domínio da tinturaria pelos africanos é antigo e há séculos é responsável pelas belas cores de seus têxteis. Tingidos com índigos e outros pigmentos naturais como os terrosos e a cochonilha, a importância da tinturaria africana reside na competente utilização dos mordentes.
Exemplo disso é a engenhosa técnica de estamparia por mordentes vegetais e lama dos tecidos bogolan do Mali.
Vários foram os povos que desenvolveram a técnica do batique, além dos africanos os javaneses e os balineses também se destacaram obtendo resultados altamente criativos e diferenciados.


BATIQUE JAVANÊS
Caracteriza-se pelo uso dos utensílios de batique tijampe e dijape além do uso de carimbos.


BATIQUE BALINÊS
O batique balinês é originário de Bali, a pequena ilha indonésia ao sul de Java.


Em Bali existe uma forte tradição de trabalhos em madeira, tanto estatuária quanto mobiliário, desde o século X, quando a ilha se tornou refúgio dos budistas que fugiam do novo poder hinduísta.
Os budistas passaram a estampar também a madeira em batique.
Além do mobiliário, um dos mais belos trabalhos de Bali são os bonecos da ópera balinesa, todos esculpidos em madeira teca e estampados em batique.
A passagem do batique balinês da madeira para o papel se dá no século XVI, com forte influência islâmica, quando escribas ilustravam textos do Alcorão com iluminuras em batique sobre fino papel.
Os processos de acabamento possibilitados pelo batique na madeira também enriqueceram o mobiliário indonésio, já que tanto o laqueado e o verniz à cera produzem um resultado único, magnífico.


ROOKETSU-ZOME

É o batique japonês suas características são muito semelhantes a desenvolvida pelos outros povos, porém a um elemento de diferenciação na técnica.
Enquanto ocorre o tingimento por imersão nos outros povos, no batique japonês a coloração acontece através de pinceladas com aquarela ou com pigmentos naturais criando um efeito único.




sábado, 13 de setembro de 2008

MATERIAL DIDÁTICO - SHIBORI

Shibori

Podemos definir o Shibori como uma técnica de tingimento obtido através de formas tridimensionais, ou seja, o tecido torna-se tridimensional, através das costuras, das dobras e dos pontos, retornando depois a forma bidimensional.
Os desenhos resultantes são muitos, mas os japoneses foram os que mais desenvolveram tal técnica, transformando-a para obter resultados altamente estéticos, onde em sua grande maioria serviram e servem para a confecção de kimonos, vestimenta típica da cultura japonesa.

O termo Shibori deriva do verbo root shiboru: torcer, apertar, pressionar. Certas características técnicas e estéticas devem ser preservadas para se obter o Shibori tradicional, as quais são: a cor, a qual é obtida através do tingimento com índigo, os pontos iguais e simétricos e as técnicas que devem ser desenvolvidas meticulosamente.

1.Cor
A cor é uma das etapas que caracteriza de forma diferenciada o processo de acabamento do shibori. Atualmente é aceito o tingimento com diversas cores, no entanto, é o índigo que lhe impõe a tradição. Referindo-se sobre os processos de tingimento.













Shibori tradicional














shibori contemporâneo
2.Tipo de Desenho (estampa)

O resultado do desenho (estampa), possui uma seqüência ritmada, exata. Pode ser costurado, amarrado com linhas e prensado, mas sempre deve ser planejado, pois a variedade de pontos é imensa. Podem ser repetidas várias vezes obtendo-se sempre o mesmo resultado.
A criação do desenho (estampa) do Shibori está diretamente ligado ao tipo de costura, ao ponto, à tensão da linha, às áreas que vão resistir ao tingimento, à uniformidade dos motivos, e aos espaços.

3. Técnicas

O Shibori pode ser dividido em quatro técnicas distintas:


Binding (unir, ligar):
Shibori feito usando-se pequenas amarrações com linhas. Esta técnica foi desenvolvida durante o período Nara (710-794).


miura shibori


Stitching: costurado
Shibori feito com pontos diversos e com o uso de agulhas, este método dentro da técnica do Shibori é muito usado pela flexibilidade e controle que oferece ao ser executado. Por isso é grande a variedade do desenho obtido, que pode ser delicado ou forte, simples ou complexo, pictórico ou abstrato.Sua criação foi datada durante o período Kamakura (1185- 1333).

Shipo-tsunagi flower shibori

Folding- Shibori feito com dobras

É o shibori com dobras junto com amarrados ou dobras com costuras. O tingimento com dobras sobre o tecido resiste a mais de trezentos anos e era usado na confecção de rédeas de seda, para serem usados nos cavalos do Shogun Tokugawa, em Aramatsu. Seus detalhes são as combinações de dobras verticais, horizontais e obliquas.

Itajime shibori

Pole-wrapping: Enrolado
shibori feito com amarrados sobre canos de bambu ou canos sintéticos. Criado em 1880 por Kanezo Suzuki em Aramatsu, quando este realizava tingimento de algodão com índigo. É mais conhecido como Arashi Shibori, suas adaptações são feitas tanto em algodão como em seda. Consiste em amarrar de diversas maneiras o tecido em torno de um bambu ou cano. É grande a variedade do Arashi Shibori que se pode amarrar o tecido de diversas maneiras, dar-se tingimento, desfazê-lo e amarra-lo novamente, quantas vezes preferir.

Hosoito Kairyo shibori

Atualmente as inovações da técnica do shibori são muitas, o tradicional é tingido com índigo e é feito em seda e algodão. Atualmente artistas têxteis utilizam esta técnica para dar mais variedade em suas criações, utilizando o shibori apenas como detalhe ou no todo em suas obras, como tecidos usam a seda, o algodão, o feltro, a lã torcida junto ou em separado a outras fibras.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

OFICINA DE MOSAICO

Será realizada nos dia 27 de setembro, na pós-graduação em Design para Estamparia e ateliê de cerâmica da UFSM ás 8:30, com a professora Rejane Berger e Odete Calderan.

OFICINA DE REVESTIMENTO CERÂMICO

BREVE DATA A SER CONFIRMADA